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Aviso: Este blog é dado à parvoeira e raramente, mas muito raramente, falam-se de assuntos sérios.
Não sei como começar.
Só me vem à cabeça a palavra tragédia. Vejo as noticias e na contagem dos mortos existem famílias inteiras, maridos que perderam as mulheres, mulheres que perderam os maridos, filhos que ficaram sem pais e pais que ficaram sem filhos.
Tenho um nó na garganta e cada vez que vejo ou leio mais uma notícia lembro-me da minha filha. Crianças e bebés como Mini-Estrabucha que deveriam neste momento de estar a rir e a brincar morreram sabe-se lá em que condições e com que sofrimento.
No meio da tragédia de tantos outros, a minha família teve sorte, mas mesmo muita sorte, um primo meu que era para ir para Pedrogão, no fim de semana que passou, com a família dele não foi, mas um casal amigo dele não escapou à tragédia.
E eu olho para a minha filha e vejo os filhos dos outros e penso como, mas como é que esta gente vai conseguir sobreviver depois de todos os sonhos que tinham ficarem desfeitos?
E eu olho para a minha filha e penso na sorte que tenho e que outros infelizmente não tiveram.
Não consigo escrever mais sobre isto.
Por favor indignem-se menos e façam mais. Vivam mais!
Ao que parece nem todos ficaram convencidos com o nome do meu afilhado. Que a criança fica isto e aquilo e se calhar é melhor dar-lhe um nome normal como Gonçalo, ou Miguel, ou Afonso, ou Tiago, ou Pedro, ou Francisco, ou Martim...
Pfff...
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