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Aviso: Este blog é dado à parvoeira e raramente, mas muito raramente, falam-se de assuntos sérios.
Este blog ainda não morreu, mas já deve faltar pouco. Tento ser mais assídua, mas não consigo. Tenho tanta coisa a passar ao mesmo tempo na minha cabeça e ao mesmo tempo não se passa nada, só vento.
Estou cansada, farta, sem paciência e, principalmente, a desejar por uma mudança que o Homem não deixa acontecer.
Não, porra! Isto não é uma crise de meia idade porque só tenho 38 anos, ou se calhar até é.
Já disse que estou cansada?
Sabe-se que o Banco de Portugal pediu auditorias forenses a 3 instituições financeiras. Uma delas é o BES, a outra é o Montepio e a terceira ninguém sabe.
O governador do Banco de Portugal não disse qual era a 3ª instituição e por agora, como o assunto do BES se esgotou um bocado, as armas estão apontadas ao Montepio.
O que eu me questiono é se o nome do 3º banco não é divulgado por conveniência.
1. O BES partiu-se em dois. Por um lado temos o banco bom, com o dinheiro dos depositantes garantido e com os créditos "cobráveis" e por outro o banco mau com tudo o que é merda desenterrada e mais alguma que há-de vir por aí.
2. O Maior perdeu, outra vez, e até o Jesus diz que não faz milagres.
Com tanta trampa que ainda havemos de vir a pagar ou sofrer à conta do Espírito Santo nem o Jesus nos dá alegrias.
PPC diz que aumentar o IVA e a TSU é uma solução amiga da economia. Luís Montenegro diz que uma subida do IVA corresponde apenas a 1,25€ e a TSU em 1€ para rendimentos de 500€.
Ora há muito boa gente que no nosso país não ganha 1000€ brutos e que já tem imensas dificuldades em conseguir passar o mês, agora com menos 2,25€ (no mínimo) todos os meses a situação piora um bocado.
Imaginem que querem fazer uma sopa, vão ao mercado e compram:
1kg cenouras - 0,55€/kg
1kg batatas - 0,49€/kg
1 kg abóbora - 0,89€/kg
1kg courgetes - 0,79€/kg
1 molho espinafres - 1,30€/molho
Estes preços são reais e dá um total de 4,71€. Consegue-se fazer sopa para uma semana e não gastamos os ingredientes todos de uma vez (com excepção dos espinafres).
O aumento marginal no IVA e na TSU que o Governo e os partidos da coligação tanto se gabam, implica que em vez de conseguirmos comer sopa pelo menos uma semana no mês, comemos meia sopa.
O que é marginal não é o aumento, marginais são eles.
Diz que os senhores contribuintes ficaram agradavelmente surpreendidos com os reembolsos de IRS deste ano.
POIS EU NÃO. FORAM MENOS 200€, TAU.
A Comissão Europeia concluiu que a desigualdade salarial entre homens e mulheres se agravou em 2012 e que em Portugal as mulheres ganham menos 15,7% que os homens.
Para combater esta desigualade o governo aprovou um conjunto de medidas, sendo que a principal deve passar pelo corte salarial dos vencimentos dos homens que ganhem mais que as suas respectivas.
PS: Tenham calma que o corte nos salários é brincadeirinha. Ou não, com estes gajos já não se sabe.
"Bom dia, daqui Estrabucha, estou a falar com o Sr. X. Era para informar que foi contratado e que começa a trabalhar para a semana."
O que há 3 anos era banal, este ano só aconteceu uma mão cheia de vezes.
Pode ser piroso, mas fico feliz por tirar mais um do desemprego.
Quando o Tribunal Constitucional chumbou várias normas do OE de 2013, vieram logo para a rua as centrais sindicais, a mostrar o seu contentamento e a exigir a reposição das normas chumbadas.
Hoje, o TC votou a favor do alargamento do horário de trabalho da função pública para as 40 horas semanais e a cantiga já é outra. Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum, diz não entender como o TC aprovou esta norma, chegando a afirmar: "É com greves com certeza que se vai fazer a luta dos horários de trabalho, isso não tenho dúvidas. Os trabalhadores não se vão conformar com decisões desta natureza",
Não está aqui em questão se concordamos ou não com o aumento do horário de trabalho, o que está aqui em questão é que esta Sra. tem dois pesos e duas medidas para avaliar o que interessa à Frente Comum e o que não interessa.
Se o governo fizesse greve, por exemplo, ao pagamento do subsidio de férias dos trabalhadores da função pública e pensionistas, depois deste ter sido reposto, estava em incumprimento. Se a Frente Comum convoca greves por causa das 40 horas de trabalho, depois destas terem sido "validadas", está em quê?
O secretário de estado da Cultura nomeou para seu adjunto um jovem com 24 anos, cujo "extenso" curriculum é composto por 3 workshops no centro de formação de Jornalistas, fez um estágio de 8 meses na Rádio Renascença e foi durante 5 meses consultor de comunicação do PSD.
Eu não tenho nada contra o rapaz e até acho bem que o secretário de estado adjunto dê emprego às pessoas, na sua maioria do PSD, mas pronto, temos aqui um claro combate ao desemprego jovem.
Também não tenho nada contra o rapaz ir ganhar 3.000€ por mês, porque todos os jovens deveriam ganhar isso e os velhos também, vá. E assim como assim, 3.000€ por mês são peanuts na divida pública da república.
Á camandro, deves ser um grande consultor e realmente os workshops fazem milagres.
Sabes que estás tramado e que o país caminha a passos largos para um 2º resgate quando:
1. o Passos Coelho não para de falar no assunto, quando devia era estar caladinho, para não "assustar" quem nos emprestas os €;
2. o Seguro diz que não negoceia nem entra em acordos com o governo;
3. o Cavaco em vez de ser O PRESIDENTE DA REPÚBLICA é outra coisa qualquer;
4. os sindicatos fazem de tudo para parar a reestruturação do Estado, quando todos sabemos que é necessária;
5. os funcionários públicos são autistas ao ponto de se recusarem a trabalhar mais 1 hora por dia (sem ser remunerada);
6. o Tribunal Constitucional faz mais oposição que a própria oposição;
7. o governo abre excepções atrás de excepções para determinados grupos (a TAP e a CGD são exemplo disso);
8. todos nós achamos que o país estava bem como estava e que não são necessários ajustes.
Podem ler AQUI
Tenho aqui que fazer um comentário ao post do blogger "Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos". O autor do blog diz que a empresas aproveitam a poupança com a redução dos salários dos seus trabalhadores, para poderem comprar BMW e Mercedes (as 2 marcas de carros mais vendidas em Portugal durante o mês de Agosto).
Ter um BMW ou um Mercedes é sinal de status social e, se há coisa que o português gosta é mostrar o que tem, mesmo quando não tem o que comer. Não são as empresas que compram a maioria dos BMW e Mercedes que vemos a circular nas nossas estradas, mas sim pessoas "normais", o dito proprietário individual. E como é que essas pessoas compram os BMW ou os Mercedes? Através de financiamento, ALD ou Leasing.
O problema deste financiamento são as prestações e o prazo. Há quem compre carros de luxo sem entrada e pagam prestações de 500€ durante 10 anos. Repito 500€ durante 10 anos e, na última prestação ainda têm que entregar um valor residual de 3000€.
Agora pergunto eu, se puxarmos pela ponta do véu, o que vamos descobrir? O empobrecimento generalizado dos portugueses para dar competitividade às empresas, ou portugueses sobreendividados, que vivem para poderem mostrar o que não têm?
Isto está uma grande trapalhada. Desde a tomada de posse da Ministra da Finanças, não há mês que não surja mais um caso Swap.
Agora é a vez de Almerindo Marques (talvez na tentativa de desculpar um bocado a sua má gestão) de vir acusar a Ministra. Esta por sua vez, está metida em cocó até ao pescoço. São contratos assinados, são pareceres favoráveis, são documentos que desaparecem...
Não está famoso, nem nunca esteve, para o lado da Maria Luís, mas vamos parar para pensar, o que é pior nesta fase? Ter um mau Ministro ou não ter nenhum?
As culpas por esta trapalhada toda não devem ser atiradas à Ministra, devem ser atribuídas ao 1º Ministro que a convidou para o lugar e para o PR que assinou por baixo.
O nosso querido e popularucho Paulinho das Feiras, quer tanto, mas tanto mandar que tornou revogável uma decisão irrevogável, para ser vice do primeiro.
Mas atenção, só de nome, que funções bola.
É que já não há paciência que aguente estar a ouvir o fulano sempre a dizer a mesma coisa: que o CDS não quer esta austeridade, que o CDS não concorda com as politicas seguidas pelo PSD, mas que o faz a bem de Portugal e para evitar um segundo resgate.
A cassete é sempre a mesma. Haja paciência.
Ao fim de 6 anos de recessão e de se ter arrebentado com a vida de milhares de pessoas, é que o FMI se lembra de vir dizer que a Grécia deveria ter entrado em incumprimento e que não deveria ter sido resgatada.
Boa! E são estes srs. um dos nosso principais credores!
O Passos Coelho diz que não tem medo dos portugueses, mas eu tenho muito medo dele!
«Foi tomada uma decisão muito importante para o nosso futuro, que foi colocar atrás das costas, finalmente, a sétima avaliação - não se fala noutra coisa há quase um mês - e penso que foi uma inspiração - como já a minha mulher disse várias vezes - da Nossa Senhora de Fátima, do 13 de maio» - Aníbal Cavaco Silva.
Só tenho uma palavra para descrever isto: alzheimer!
Há bocado estava a ouvir as noticias na rádio, quando me deparei com as declarações da Ana Avoila, à saída do encontro com o Secretário de Estado da Administração Pública, e ia caindo da cadeira com o susto que apanhei.
Primeiro porque as declarações que foram feitas aos jornalistas foram literalmente gritadas e, depois a linguagem da coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública, podia ter sido bem melhor.
Passo a escrever o que a sra. disse, peço desculpa, gritou: "Este Governo está a governar em ditadura" e quer fazer "reuniões a correr para lixar os trabalhadores". Ok, concordo com a ditadura, mas "lixar" os trabalhadores!?!?
Pergunta: Lixar??? Mas que raio de linguagem é esta? Esta sra. está a coordenar sindicatos ou a taberna ali do Zé?
Agora, quanto à medidas. Trabalhar 40 Horas semanais, diminuição dos dias de férias por idade e por antiguidade e idade da reforma equiparada à dos privados, não acho que lhes caiam as mãozinhas por isso.
Quanto à ADSE, porque raio hei-de eu de pagar, para os srs. que descontam para a ADSE, poderem ir aos hospitais privados? São funcionários públicos, vão aos hospitais públicos, como milhares de portugueses, e também não lhes vão cair as mãozinhas por isso.
O mal comum a muitos portugueses e, estou a referir-me tanto a trabalhadores do público como do privado, é que têm a mania que só têm direitos e que não têm obrigações com as entidades patronais.
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